José Cachide já respondeu em nome dos ex-dirigentes à proposta apresentada pela direcção do Beira-Mar e diz que os passes de jogadores não são solução para o pagamento de verbas reclamadas pela antiga direcção. Um dos principais credores justifica a falta de resposta com a indisponibilidade para contactos no dia de ontem mas, hoje, já disse que a lista entregue está composta por jogadores em fim de contrato sem garantias de ter activos valiosos. “Na totalidade dos meus colegas ninguém concorda com isto, e posso enumerar sete jogadores em fim de contrato: Pedro Moreira tem 26 anos e termina contrato em Junho de 2012; Kanu 25 anos termina contrato em 2012; Djamal 27 anos, termina contrato Junho de 2011 e tem perspectiva de renovação; Rui Sampaio tem 22 anos e termina contrato em Junho de 2012; Yohan Tavares tem 22 anos e acaba o contrato com o Beira-Mar a Junho de 2013; Enoque Paes com 27 anos acaba contrato em Junho de 2012 e Artur que tem 26 anos termina contrato em 2012. Ou seja, estes activos do Beira-Mar estão longe dos valores da dívida que estamos para receber do Beira-Mar. Na primeira abordagem que tive com os meus colegas, nenhum concordou com esta hipótese”, adianta José Cachide.

Sobre a demissão do presidente do clube, Mário Costa, e do cenário de eleições antecipadas para Dezembro afasta a hipótese de uma lista de consenso. José Cachide diz que não iria conviver com quem o criticou na praça pública. “Eu tenho um jantar marcado para terça-feira e leio no jornal Record a chamar-me mentiroso. Isto parece um país de terceiro mundo. Se realmente temos uma negociação para equilibrar as coisas e podermos resolver os problemas do Beira-Mar como é possível ofender as pessoas que vão para essa negociação? Eu não tenho possibilidades nem condições para poder coabitar com pessoas que me ofenderam a esse ponto. A partir do momento que eles assumiram devem dar continuidade ao trabalho”, desafia o antigo Vice-presidente. Mário Costa apresentou, ontem à noite, a demissão da liderança do Beira-Mar e diz que o clube só tem futuro nas mãos dos ex-dirigentes. Falharam as negociações com os credores para retirada de penhoras e o clube avança para eleições, provavelmente, no dia 4 de Dezembro. Até lá o restante elenco directivo assegura a gestão diária.